Armed conflicts are recognized to significantly impact wildlife, as they are particularly prevalent in biodiversity hotspot areas. Understanding these impacts on biodiversity is important for comprehending the indirect consequences for ecosystem processes and promoting their rehabilitation. Although the impact of warfare on protected areas (PAs) has been a target of research, its understanding remains limited. Additionally, the influence of armed conflicts on biodiversity in non-protected lands has been largely overlooked and underexplored. We aim to assess the impact of almost 40 years of armed conflicts on intermediate- and large-sized mammals in two communities in southern Angola: a National Park with limited management capacity-Bicuar National Park (BNP)-and a recently established private ecotourism reserve, without legal protection-Cuatir Conservation Area (CCA). Specifically, we compared contemporary species richness, occupancy probabilities and evenness-weighted diversity between the two areas, and contextualize it relative to historical records. Our results reveal a significant loss of species compared to known mammal species richness prior to the civil unrest, with some remaining species persisting at very low occupancy levels. Furthermore, our findings suggest equivalent contemporary biodiversity levels in both study areas, albeit with distinct community compositions and structures. Although both areas retained a relatively intact small- and intermediate-sized mammal community, the PA better conserved the larger species community. Furthermore, occupancy probabilities of endangered and threatened species were higher in the PA than in the non-PA. Our results underscore the critical role of PAs in conserving threatened species, even amidst limited law enforcement capacity and rehabilitation measures. Additionally, we highlight the significance of the non-PA in conserving wildlife species and ecological processes on a larger scale. Our results support the idea that well-preserved non-PAs often harbor crucial wildlife nuclei and facilitate connectivity between populations, thereby aiding natural recolonizations. As such, these areas should be the focus of policies encouraging restoration and facilitating functional connections with protected areas. Os conflitos armados t & ecirc;m um impacto significativo na vida selvagem uma vez que s & atilde;o particularmente prevalentes em & aacute;reas com maior biodiversidade. Compreender esses impactos & eacute; importante para identificar as consequ & ecirc;ncias indiretas para os processos do ecossistema e promover a sua recupera & ccedil;& atilde;o. Embora o impacto de conflitos armados em & aacute;reas protegidas (APs) tenha sido alvo de alguma investiga & ccedil;& atilde;o, ainda h & aacute; muitos efeitos que continuam por descobrir. Al & eacute;m disso, o seu efeito dos conflitos armados em paisagens n & atilde;o protegidas permanece largamente inexplorado. O nosso objetivo foi avaliar o impacto de quase 40 anos de conflitos armados em duas comunidades de mam & iacute;feros de m & eacute;dio e grande porte no sul de Angola: um Parque Nacional com pouca capacidade de gest & atilde;o-o Parque Nacional de Bicuar (PNB)-e uma reserva de ecoturismo recentemente criada e sem prote & ccedil;& atilde;o legal-a & Aacute;rea de Conserva & ccedil;& atilde;o de Cuatir (ACC). Especificamente, compar & aacute;mos a composi & ccedil;& atilde;o da comunidade de mam & iacute;feros atual em rela & ccedil;& atilde;o aos registos hist & oacute;ricos recolhidos de antes das guerras. Adicionalmente compar & aacute;mos a riqueza espec & iacute;fica, a probabilidade de ocupa & ccedil;& atilde;o de esp & eacute;cies e diversidade ponderada pela equitabilidade entre as comunidades das duas & aacute;reas. Os nossos resultados revelam a prov & aacute;vel extin & ccedil;& atilde;o local de v & aacute;rias esp & eacute;cies, comparando com a riqueza espec & iacute;fica que era conhecida antes da guerra civil, e que algumas das esp & eacute;cies que persistem apresentam n & iacute;veis muito baixos de ocupa & ccedil;& atilde;o. Al & eacute;m disso, descobrimos que os n & iacute;veis contempor & acirc;neos de biodiversidade s & atilde;o semelhantes em ambas as & aacute;reas de estudo, mas t & ecirc;m composi & ccedil;& atilde;o e estrutura de comunidade diferentes. Embora ambas as & aacute;reas mantenham uma comunidade de mam & iacute;feros de tamanho pequeno e interm & eacute;dio relativamente intacta, a AP exibe uma comunidade de esp & eacute;cies de maior porte mais bem conservada. Al & eacute;m disso, os n & iacute;veis de ocupa & ccedil;& atilde;o de esp & eacute;cies com estado de conserva & ccedil;& atilde;o desfavor & aacute;vel s & atilde;o mais elevados na AP do que na & aacute;rea n & atilde;o protegida. Refor & ccedil;amos a import & acirc;ncia das APs para a conserva & ccedil;& atilde;o de esp & eacute;cies amea & ccedil;adas, mesmo com pouca capacidade de aplica & ccedil;& atilde;o da lei e para implementa & ccedil;& atilde;o de medidas de reabilita & ccedil;& atilde;o. Al & eacute;m disso, destacamos que as & aacute;reas n & atilde;o protegidas podem desempenhar um papel fundamental na conserva & ccedil;& atilde;o de esp & eacute;cies e processos ecol & oacute;gicos a uma escala mais alargada, uma vez que podem manter popula & ccedil;& otilde;es est & aacute;veis de vida selvagem e permitir a liga & ccedil;& atilde;o entre popula & ccedil;& otilde;es, facilitando a recoloniza & ccedil;& atilde;o natural. Como tal, devem ser o foco de pol & iacute;ticas que incentivem o restauro e facilitem liga & ccedil;& otilde;es funcionais com as & aacute;reas protegidas.
